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Hubble e a sonda Juice (ESA) flagraram o cometa interestelar 3I/Atlas se aproximando da Terra ☄️🧵 — imagens recentes mostram o objeto a centenas de milhões de km. Vou explicar por que isso importa e o que podemos aprender passo a passo.

A Nasa divulgou foto do Hubble com 3I/Atlas a ~286 milhões de km; a agência estima que o máximo de aproximação será ~270 milhões de km — isso é cerca de 1,8–1,9 UA (unidades astronômicas). Em termos práticos: muito longe para representar risco à Terra.

Por que '3I'? O I indica 'interestelar' — 3I/Atlas é o terceiro objeto confirmado vindo de fora do nosso sistema (depois de 1I/ʻOumuamua e 2I/Borisov). Objetos interestelares são raros e trazem pistas diretas sobre outros sistemas estelares.

A sonda Juice, da ESA, também registrou o cometa. Juice está focada em Júpiter, mas sua posição diferente no espaço oferece ângulos complementares que ajudam a refinar órbita e aparência do cometa — um bom exemplo de cooperação internacional na observação.

O que os cientistas investigam agora: brilho e forma da coma, composição via espectroscopia (gases, poeira, possíveis moléculas orgânicas), tamanho do núcleo e dinâmica da cauda. Dados abertos permitem que estudantes e cientistas de países diversos participem das análises.

Precisa se preocupar? Não. Mesmo no ponto de máxima aproximação, 270 milhões de km é enorme; forças gravitacionais da Terra são desprezíveis a essa distância. Porém, rastrear esses objetos é importante para ciência e para entender riscos a longo prazo em termos estatísticos.

Reflexão final: 3I/Atlas é uma janela direta para materiais de outro sistema estelar — estudar isso amplia nosso conhecimento e, quando os dados são abertos, democratiza a ciência. Fique de olho: novas imagens e espectros podem chegar a qualquer momento e revelar surpresas.