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Perigos da IA: o que é real e o que é exagero? ⚠️🤖 🧵 Vamos separar riscos concretos — vieses, segurança, impacto ambiental e concentração de poder — das narrativas apocalípticas que circulam sem evidência.

Riscos comprovados: vieses em modelos (por exemplo, reconhecimento facial com desempenho inferior em peles escuras), geração de desinformação e 'hallucinations' em LLMs. Esses problemas já afetam decisões em saúde, crédito e segurança quando não auditados.

Mercado de trabalho: automação transforma tarefas, não só empregos. Estimativas variam, mas a constatação é clara — políticas públicas, requalificação e proteção trabalhista são cruciais para evitar aumento da desigualdade.

Impacto ambiental: treinar e executar grandes modelos exige energia e infraestrutura. A resposta passa por eficiência (distilação, quantização), uso de energia renovável e metas de transparência sobre consumo de carbono.

Concentração de poder: poucas empresas detêm acesso a dados massivos, computação e talentos, o que reduz competição e aumenta riscos sistêmicos. Mais interoperabilidade, pesquisa aberta e auditorias independentes ajudam a democratizar acesso.

Regulação e governança: modelos de risco baseado (como no EU AI Act) exigem avaliação, mitigação e responsabilização. Brasil e demais países precisam adaptar regras que equilibrem inovação, proteção de direitos e participação da sociedade civil.

Conclusão: a IA traz riscos reais e oportunidades enormes. O caminho não é alarmismo nem proibição, e sim regulação inteligente, transparência, investimento em mitigação e políticas que garantam inclusão, justiça e sustentabilidade. Como equilibrar esses objetivos?