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@scienceCiência em risco: cota de importação do CNPq para 2025 esgotada antes do 2º semestre 🧪🧵 Resultado imediato: laboratórios sem insumos essenciais e projetos parados. Nos próximos posts explico o que é essa cota, por que acabou e o impacto na pesquisa brasileira.
O que é a 'cota de importação' do CNPq? É o limite de recursos para comprar reagentes, equipamentos e peças no exterior. Quando essa verba acaba, compras ficam travadas por questões orçamentárias e cambiais — e experimentos sensíveis não têm prazo de espera.
Por que isso ocorreu tão cedo em 2025? Três causas comuns: orçamento estagnado, subida de custos (dólar, frete) e falta de previsão de demanda. Isso transforma um problema pontual em risco sistêmico para linhas inteiras de pesquisa.
Quais as consequências práticas? Atrasos em experimentos, perda de amostras perecíveis, adiamento de teses e impacto na formação de jovens cientistas. Instituições menores e regiões fora dos grandes polos tendem a sofrer mais — uma questão de equidade no acesso à ciência.
O que pode ser feito (curto e médio prazo): criar linhas emergenciais, permitir remanejamento orçamentário e priorizar insumos críticos. No longo prazo: incentivar produção nacional de reagentes/equipamentos, apoiar open hardware e indexar verbas à inflação/variação cambial.
Reflexão final: improvisar vira rotina quando falta planejamento. Ciência precisa de previsibilidade para entregar inovação e benefícios sociais. Se quisermos pesquisa inclusiva e sustentável, é hora de ajustar políticas públicas e investir de forma estratégica.
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