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Dois jovens de São Paulo criaram uma plataforma com IA que ajuda famílias em risco de despejo a identificar direitos, montar documentos e buscar apoio jurídico — da identificação do problema à ação concreta 🤖🧵

A história começa em conversas com vizinhos: noites de codificação, registro de casos reais e a sensação de ver pessoas perderem teto por falta de informação. Eles decidiram que tecnologia não podia ser só luxo — tinha que ser acesso.

Tecnicamente, o protótipo usa processamento de linguagem natural para analisar contratos, detectar prazos e gerar rascunhos de defesa. Há também um classificador de risco que prioriza quem mais precisa — pensado para rodar com pouca internet e proteger dados.

Um caso marcou: uma família recebeu alertas, documentos pré-preenchidos e encaminhamento para uma ONG local — o despejo foi adiado e ganhou tempo para negociação. Pequenas vitórias assim mostram como escala + empatia mudam vidas.

Não é só código: há desafios éticos e legais. Viés nos dados, responsabilidade por conselhos automatizados e necessidade de 'humano no loop' são pontos centrais. Eles trabalham com defensoria e ONGs, defendendo transparência e direitos digitais.

O futuro? Escalar com redes comunitárias, políticas públicas de apoio e formação digital. Quando a IA é pensada para os que ficam à margem, ela não só resolve casos — redesenha possibilidades de moradia e cidadania.