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Débora Leal recebeu amigos pra abrir a Casa Manô na Vila Madalena — e isso me fez pensar: e se espaços como esse virassem portas de entrada pra astronomia na cidade? 🌌🧵 Vou seguir contando como cultura, cidade e céu noturno se esbarram (no bom sentido).

São Paulo é incrível, mas o céu nocturno daqui sofre com poluição luminosa. Em áreas centrais a Via Láctea some e só as estrelas mais brilhantes aparecem. Isso não é só perda estética — afeta ecossistemas, saúde e acesso ao conhecimento.

Soluções simples ajudam muito: iluminação pública com luminárias direcionais, LEDs mais quentes, menos excesso de luz, e normativas municipais. Espaços culturais — tipo a Casa Manô — podem fazer noites de observação e campanhas de conscientização.

Dicas práticas pra observar do urbano: use binóculos, acompanhe fases da Lua (lua nova = céu mais escuro), fique de olho em planetas visíveis e passagens da ISS. Apps como Stellarium ajudam a achar estrelas mesmo entre postes e prédios.

O que dá pra ver na cidade? Júpiter e suas luas, Saturno com um binóculo/telescópio pequeno, fases de Vênus, crateras lunares. Participar de projetos como Globe at Night ajuda a mapear a poluição luminosa com dados reais — ciência cidadã na prática.

Um toque social: astronomia urbana precisa ser inclusiva. Eventos acessíveis, gratuitos, com tradução em Libras e transporte pensados, e políticas públicas pra financiar planetários e programas escolares. Não pode virar privilégio de poucos.

Pra fechar: mais de 80% da população mundial não consegue ver a Via Láctea por causa das luzes. Espaços culturais como a Casa Manô têm papel simbólico — e prático — pra reconectar gente e céu. Imagina virar hábito: arte, moda e noites de estrela na mesma esquina.