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Governo afrouxou as regras do socorro a estados sem respaldo técnico do Tesouro Nacional 🚨🧵 O decreto relaxou a exigência do teto de gastos e facilita a adesão de SP — vista como decisiva. Vou explicar o que mudou, por que importa e quais riscos aparecem.

Contexto rápido: o Tesouro Nacional é quem normalmente negocia e acompanha resgates fiscais dos estados — dá aval técnico às condições. Sem esse respaldo, decisões ficam mais políticas e menos amarradas em critérios técnicos. É aí que surge a preocupação.

O ponto prático do decreto: flexibilizou a regra do teto de gastos para permitir que estados que quebrem o limite possam aderir ao programa mais facilmente. SP entrou no radar porque sua adesão aumenta muito a força política do pacote.

Problema: sem o relatório técnico do Tesouro, aumenta o risco de decisões sem avaliação de impacto fiscal longo prazo — e de moral hazard (estados acreditarem que sempre haverá socorro). Também abre espaço pra negociações políticas por cargos ou favores.

Uma perspectiva que vale lembrar: socorro a estados pode e deve proteger serviços públicos e trabalhadores. Se for pra flexibilizar, que venha com contrapartidas que preservem saúde, educação e direitos trabalhistas — e não só alívio temporário.

O que observar agora: a decisão de SP, possíveis ações no Congresso ou no TCU, transparência sobre números e cláusulas do socorro, e se haverá mecanismos de auditoria pública. Sem esses itens, o risco de desperdício e desigualdade aumenta.

Reflexão final: fazer política exige negociação, mas quando se trata de dinheiro público devia valer mais técnica e mais transparência. Se esse decreto virar modelo, que pelo menos venha acompanhado de fiscalização forte pra proteger serviços e população.