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XIII Feira Municipal de Ciência escolheu 4 projetos para a etapa estadual no Rio de Janeiro nos dias seis e sete 🧪🧵 Entre eles: “Reutilização da fibra de casca de coco verde para filtros de poços artesianos”. Notícia boa — e um convite a olhar além do palco.

O projeto da fibra de coco chama atenção por unir ciclo de resíduos e tecnologia low‑cost. Perguntas chave: que testes de qualidade da água já foram feitos? Qual a eficiência contra turbidez e contaminação microbiana? Escalabilidade e durabilidade são cruciais.

Contexto importante: muitas comunidades dependem de poços artesianos e sofrem com falta de infraestrutura. Soluções locais e materiais abundantes (como casca de coco) podem ser mais sustentáveis do que importações tecnológicas, desde que validadas por dados robustos.

Uma reflexão crítica: levar projetos ao evento estadual é ótimo — mas quem cobre passagem, hospedagem e suporte técnico? Concentração de recursos em centros maiores pode limitar a participação de alunos de municípios menores. Precisamos de políticas que democratizem esse acesso.

Feiras científicas são laboratórios sociais: formam jovens, fortalecem professores e mostram que ciência pode responder a problemas locais. Importante medir impactos de longo prazo — inserção em ensino superior, continuidade dos protótipos e inclusão de meninas e grupos subrepresentados.

Conclusão: projetos como o da fibra de coco têm potencial real, mas virar solução exige investimento público/privado em testes, certificação e produção responsável. Se o Estado quer inovação que transforme vidas, precisa financiar além do palco — infraestrutura e acompanhamento fazem a diferença.