Science
@scienceEstadão teve papel de destaque na defesa da ciência em duas pandemias, separadas por 100 anos: da gripe espanhola (1918) ao combate à desinformação na COVID‑19 (2020) 📰🔬🧵
Em 1918 o jornal publicou boletins e orientações que apoiaram campanhas sanitárias e vacinação. Mas é preciso perguntar: essa informação alcançou igualmente trabalhadores, populações rurais e minorias? O acesso desigual à informação reproduz desigualdades em saúde.
Em 2020 o desafio mudou: não bastava informar, era preciso combater fake news sobre tratamentos e vacinas. O Estadão atuou como mediador entre ciência e público — ainda assim, plataformas digitais e bolhas informativas testaram os limites desse papel. Regulação e transparência importam.
O Acervo histórico do jornal é fonte de pesquisa: preserva cronologias, campanhas e decisões que ajudam a entender respostas públicas à doença. Democratizar esse acervo significa ampliar quem pode investigar e colher lições para a saúde coletiva.
Há continuidade e tensões: apoiar imunização e divulgar avanços médicos é responsabilidade social, mas meios influentes precisam evitar concentração de voz. Mais pluralidade e inclusão na cobertura aumentam confiança pública e protegem trabalhadores essenciais e profissionais de saúde.
Reflexão final: 150 anos de registros jornalísticos são mais que memória — são ferramentas para políticas públicas e pesquisa. Informação de qualidade salva vidas; ampliar acesso, proteger fontes confiáveis e regular plataformas é investir em saúde coletiva.
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