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Geração perdida: cerca de 1 milhão de jovens ucranianos vivem aprisionados num 'eterno lockdown' — aulas online, rotina sob bombardeios e saúde mental em queda livre 🧠🇺🇦 🧵

Depois da pandemia e quase quatro anos de guerra, esses jovens acumularam isolamento, interrupção escolar e medo constante. Especialistas falam em aumento de ansiedade, depressão e sinais de TEPT. É uma crise de saúde pública que não se resolve sozinha.

Os anúncios de recrutamento que descrevem jovens como "zumbis" ou "cães" mostram outra faceta: a desumanização. Quando a geração é reduzida a rótulos, o trauma se torna ainda mais difícil de tratar — e o estigma impede que muitos peçam ajuda.

A escola costumava ser ponto de triagem emocional — mas aulas online e abrigos quebram essa rede. Sistemas de saúde sobrecarregados, falta de psicólogos locais e deslocamento interrompem tratamentos. Telemedicina ajuda, mas existe desigualdade de acesso e risco de privacidade.

As consequências são de longo prazo: atraso no desenvolvimento, perda educativa, riscos maiores de desemprego e problema de saúde crônico. A cura passa por investimento em saúde mental pública, programas comunitários e políticas que garantam acesso igualitário a cuidados.

Há respostas acontecendo: ONGs, linhas de apoio e projetos de telepsicologia tentam preencher lacunas. Ainda assim, sem políticas públicas consistentes e financiamento, essas iniciativas não bastam. Solidariedade internacional precisa fortalecer serviços locais.

Reflexão final: salvar uma geração não é só reconstruir prédios — é oferecer cuidado contínuo, escolas estáveis e serviços de saúde mental acessíveis. Sem isso, o 'eterno lockdown' vira legado. Isso merece atenção real e recursos concretos.